Ao nos comunicarmos, dispomos as palavras em uma ordem que faça sentido. Todo enunciado provido de significado pode ser considerado uma frase. Por exemplo:
Uau!
Aqui, a entoação (quando oral) e o uso da pontuação (exclamação, ponto-final etc.) e um determinado contexto contribuem para a construção de sentido, formando assim uma frase.
As frases de estrutura mais complexa se organizam, em geral, com um ou mais verbos. A frase ou parte de uma frase que se organiza com um verbo ou uma locução verbal (dois verbos juntos - um verbo auxiliar + um verbo principal, expressando um só sentido - como em "havia dito", "tenho estudado" etc.) é chamada de oração.
Veja abaixo este modelo de redação que você aprenderá a fazer em nosso site. Veja mais acesse aqui.
Veja:
O mundo está cheio de pessoas que abriram mão de uma carreira supostamente "de sucesso" para realizar seu sonho, aparentemente "maluco".
O período acima é composto de três orações, formadas com três verbos. Já aquele estruturado em apenas uma oração (com um único verbo ou locução) constitui um período simples. Quando formado por duas ou mais orações, constitui um período composto.
Termos da oração
• Objeto direto: é o termo que completa o sentido de um verbo, sem o uso de preposição. Veja:
Redigi uma carta.
O verbo "redigir" pede um complemento, pois, quem redige, redige alguma coisa. Dessa forma, o sujeito da oração (o ser ao qual o verbo se refere) é "(Eu)", e"carta"é o objeto direto da oração, pois completa o sentido do verbo. Para identificar o objeto direto, leia a oração, localize o verbo, veja se ele pede complemento sem preposição para ter seu sentido completo; localize, então, o termo que exerce essa função.
• Objeto indireto: completa o sentido de um verbo, com o uso de preposição (de, em, a, com, para, contra são alguns exemplos de preposição). Veja:
Ele gosta de cinema.
O verbo "gostar" pede complemento, pois, quem "gosta", gosta de alguma coisa e, como o verbo "gostar" exige o uso da preposição"de" o seu complemento se chamará "objeto indireto". Não hesite em "fazer a pergunta ao verbo" quando ler a oração, de forma a identificar a que a ação do sujeito se refere, detectando assim o objeto direto ou indireto da oração.
• Adjunto adverbial: termo da oração que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal:
Viajei de navio (adjunto adverbial de modo).
• Complemento nominal: termo da oração que completa o sentido de um substantivo, adjetivo ou advérbio, sempre por meio de preposição:
Estava consciente de seus erros.
•Adjunto adnominal; representado por artigos(a,o,uma, um etc), adjetivos (bonito, feio, gordo), locuções adjetivas (expressão que exerce a função de um adjetivo), pronomes adjetivos (meu, minha, seu, nosso etc), numerais (dois, mil etc). Os adjuntos adnominais modificam o substantivo, qualquer que seja a função que este exerça na oração. (Veja exemplo no quadro abaixo.)
• Predicativo do objeto: traz uma informação a respeito do objeto. (Veja exemplo no quadro abaixo.)
Fique atento!
Adjuntos adnominais e predicativos do objeto parecem a mesma coisa, mas têm funções sintáticas diferentes
■ Um homem racional argumenta sempre.
■ O juiz considerou as provas nulas.
Na primeira oração, o termo "racional" caracteriza o substantivo "homem", exercendo função de seu acessório, sendo, portanto, um adjunto adnominal; já na segunda oração, o termo "nulas" expressa um atributo ou circunstância ao objeto direto "as provas". Uma forma de saber se é adjunto adnominal ou predicativo do objeto é substituir o substantivo por um pronome. 0 que desaparece com o substantivo é acessório (portanto, adjunto adnominal); o que não desaparecer funciona como predicativo do objeto. Voltando a nossos exemplos:
■ Um homem racional argumenta sempre (Ele argumenta sempre) -"racional"é adjunto adnominal.
■ O juiz considerou as provas nulas (0 juiz considerou-as nulas) - "nulas" é predicativo do objeto.)